Sala de estar
Jorge Soledar
[08 de setembro de 2014]
Nascer, crescer, reproduzir e morrer. Assim lemos nos livros, mas não aprendemos outro verbo importante: voltar. Mesmo cosmopolitas, nossos lugares de crescimento dificilmente são apagados da memória. Jorge Soledar se recordou, então, da oficina de carpintaria que rodeava sua adolescência em Porto Alegre.
O cavalo, também envolvido por um cheiro de madeira, já ocupou lugar monumental na história da arte, mas aqui está mais próximo da claustrofobia dos estábulos. As patas para o galope conhecem bem os cubículos aos quais estão confinadas. O pampa aqui não é dada aos festejos populares, mas tem um tom próximo das derrubadas de Weingärtner.
(texto curatorial da exposição "Sala de estar", de Jorge Soledar, realizada na Fundação Ecarta, em Porto Alegre, entre os dias 22 de julho e 14 de setembro)